sábado, 15 de setembro de 2007

O Apanhador

Incontestavelmente, com a maioria dos votos da última enquete, vamos falar sobre o livro do qual tirei o nome para este blog: O Apanhador no Campo de Centeio. O autor do livro, Jerome David Salinger, inspirou-se nos versos de uma canção de Robert Burns: ‘‘Se alguém encontra alguém atravessando o campo de centeio’’.

Algumas pessoas dizem que a fama do livro se deve ao fato dele ter sido lido pelo assassino de John Lennon, Mark David Chapman, o qual pediu que John o autografasse pouco antes de assassiná-lo. Mas por quê ele fez isso? Seria esse um livro indicado para pessoas violentas e instáveis? Segundo Chapman, em seu julgamento, ele estaria possuído por Holden Caulfield, personagem principal do livro, assim como vários outros assassinos que já se utilizaram desse argumento. Sinceramente, isso não faz o mínimo sentido.

A trama se concentra em torno da expulsão de Holden da sua escola e da sua volta para casa, às vésperas do natal, período no qual ele reflete sobre o declínio da sua vida e sobre coisas que parecem fúteis à primeira vista, como a falsidade - ele odeia quando pessoas que mal se conheceram dizem: Prazer em conhecer -, sinceridade, dignidade e sobre a falsa primeira impressão que as pessoas têm umas das outras - Holden fala que antes de sentirmos pena de quem vai conviver com certa pessoa, devemos conhecê-la melhor, pois as pessoas podem ser assobiadoras fabulosas-.

Holden é um sujeito que apaga palavrões pinchados na escola da irmã, respeita as pessoas mais velhas, é contra desigualdades, admira a inocência das crianças, não se prende a "nada", odeia pessoas metidas e não teme em brigar pelos seus objetivos. Seria até bom se de fato os assassinos o imitassem. A angústia de Holden se deve ao período turbulento pelo qual ele está passando, perdido, sem rumo. Ele quer ser somente o apanhador no campo de centeio, ficar num grande campo de centeio, para que quando uma das inúmeras crianças que ali brincam estiverem para cair do abismo, ele as apanhasse, mas no meio da trama ele próprio parece estar caindo nesse grande abismo. Ele também está entrando na fase adulta e os bares, bebidas e cigarros parecem o cercar, sufocando-o e não deixando alternativa senão entrar de vez no mundo dos vícios. Além de tudo, ele não guarda ressentimentos das pessoas, no fim tem saudades até dos mais chatos.

É um dos melhores livros já publicados, tem uma trama envolvente, pois apesar do pessimismo apresenta um incrível vocabulário e um humor diferente de tudo já visto e após mais de cinquenta anos de publicação ele continua muito atual. Leitura indispensável para qualquer um, quem não leu está perdendo.

PS: Se você já leu dê sua opinião sobre o livro...

sábado, 8 de setembro de 2007

Teoria da Não-Conspiração

De acordo com o resultado da enquete resolvi juntar dois dos assuntos mais votados e fazer esse post. O que significa teoria de Conspiração? Essa palavra deriva do latim “conspirare”, que significa “respirar junto”. Tais teorias pregam que um grupo de pessoas "conspirou" sobre determinado(s) assunto(s) com o objetivo de alcançar seus interesses, mantendo segredo sobre seus atos. Mas é só paranóia ou a verdade vai muito além do que imaginamos?

Uns dos maiores exemplos de conspiração envolvem a morte de dois grandes nomes da música internacional: Paul McCartney e Elvis Presley; então vamos começar pelo caso de Paul: O caso foi abordado primeiramente em 1969, através de uma emissora de rádio nos EUA. Os indícios sobre a suposta morte são até hoje fortes o suficiente para convencer inúmeras pessoas. Ele teria morrido em 9 de Novembro de 1966 num acidente de carro no qual ele ultrapassou o sinal vermelho e teve seu rosto deformado, segundo a música A Day in the Life. De acordo com a música She's leaving Home o acidente aconteceu às 5 da manhã e a notícia não apareceu nos jornais, como diz a música Lady Madonna. Depois Paul foi substituído por William Campbell ou Billy Shears (eles têm até nomes para os pressupostos sósias). As evidências incluem o fato de Paul ser o único descalço e ter o passo diferente dos outros Beatles na capa do álbum Abbey Road; a palavra escrita em códigos no tambor que aparece na capa do álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, além da guitarra para canhotos feita de jacintos amarelos (usados em enterros) que aparece na mesma capa ; e o sósia escolhido apresentava uma cicatriz no lábio que não tinha sido vista antes dessa data (a explicação da banda foi um acidente de moto). Muitas pessoas acreditam que depois da notícia se espalhar John Lennon se utilizou do fato para incluir pistas nos álbuns para aumentar as vendas.

Outra grande conspiração que envolve um grande astro da música é a que diz que Elvis Presley não morreu. A morte do cantor no dia 16 de Agosto de 1977 em Graceland, na cidade de Memphis, Tennessee, Estados Unidos não foi convincente para os fãs, pois os motivos são realmente impactantes. Sabe-se que pouco antes de sua morte, Elvis vinha reclamando da falta de privacidade e de seus inúmeros compromissos, além do fato dele vir recebendo ameaças de morte de um grupo mafioso, por motivos ainda obscuros. As evidências assustam:

-o seu caixão era pesado e possuía um sistema interno de ar, sendo necessário mais de um mês para construí-lo.

-A inscrição de seu nome no caixão estava errada: Aron ao invés de Aaron (algum familiar deveria ter se incomodado).

-Alguns livros, considerados por ele relíquias pessoais, dos quais ele não desgrudava, sumiram.

-Seu enterro foi apressado e seu corpo foi tido como diferente por fãs presentes.

-Seu atestado de óbito foi expedido dois meses após sua morte.

Algumas pessoas alegam tê-lo visto após sua suposta morte e dizem que o fato de haver tantos sósias dele é só mais um motivo para confundir os fãs.

Agora resta a cada um de nós decidir se essas teorias são realmente reais (essa frase ficou estranha) ou se não passam de conspirações criadas por mentes paranóicas.


PS: Faltou citar que algumas pessoas acreditam que Jesse Garon, irmão gêmeo de Elvis, não morreu no parto como se pensava e foi quem o substituiu no caixão.
PS2: Diz-se também, que cansado do vício, Elvis resolveu ajudar a polícia numa operação para descobrir esquema de venda de cocaína para artistas e que em troca recebeu proteção, vivendo pelos EUA como um de seus sósias.

sábado, 1 de setembro de 2007

House

O que nos leva a assistir House? Passar um tempo em frente a tv vendo um sujeito arrogante, solitário, sarcástico e hostil perante sua equipe e seus pacientes? Não! O diferencial da série é mostrar que apesar dos seus defeitos, House usa de sua inteligência, coragem e determinacão para salvar vidas, e o faz muito bem. House retoma também um outro tema bastante interessante, seu hospital está repleto de pacientes hipocondríacos, os quais não hesitam em mentir para se refugiar em suas doenças, um fato bem comum hoje em dia, e ele nunca descarta a chance (por mais remota que seja) de seus pacientes terem alguma doença rara e improvável, algo que acontece pouco fora das telas.
A série não se resume àquela pergunta que se vê espalhada pela internet: Você prefere um médico atencioso ou um que salve a sua vida? Ela vai muito além desse ponto, até porque a resposta para essa pergunta seria: Nenhum dos dois, mas sim um que una as duas qualidades. House, como todos nós, tem os seu defeitos, mas procura demonstrar suas qualidades da mais nobre maneira, desdobrando-se para descobrir diagnósticos e recuperar a saúde de seus pacientes.
Sua fama de anti-social é tão conhecida quanto a sua excelência em diagnosticar, e é dessa maneira que funciona a série, repleta de contrastes e diferenças, mostrando sempre os dois lados da moeda. vale a pena assistir.