segunda-feira, 24 de março de 2008

Os Intocáveis

No fim da semana passada assisti a esse clássico do cinema e me surpreendi, é um filme perfeito, marcado por cenas marcantes e frases inesquecíveis. Robert De Niro, Kevin Costner, Andy Garcia e Sean Connery atuam como poucos. O filme foi inspirado na série homônima de TV e gravado em 1987, estando prevista uma possível contiunuação para esse ano, dessa vez mostrando não como Al Capone foi pego, mas contando em maiores detalhes sua juventude.


Não vou falar muito sobre o filme , o que me levou a colocar esse titulo foi o seu significado, Intocáveis. Por um longo período parecia que a máfia de Al era a Intocável, e não aquele pequeno grupo de policiais destemidos que a desmontaram. Assim acontece na vida real, está cheio de Intocáveis por aí, e ai de quem ouse entrar nos seus caminhos. Al Capone é o ídolo deles, tem o que quer e não importa como consiga.

Sinceramente, creio que nunca Os Intocáveis (os verdadeiros, os seguidores da lei) acabarão com os Capones, pois a máfia continuará sempre presente. O que nos intriga, leitor, é como os mafiosos geralmente são organizados, contam com membros em todas as esferas do poder, subdividem-se em inúmeros chefes e são fiéis até o último momento. Temos muito o que aprender com eles, exceto é claro o que envolva atividades criminosas.

O Malone (Sean) diz no filme uma frase muito interessante quando Eliot, o policial paladino (Kevin) o pergunta como achar alguém confiável para sua missão: "Se você não quer pegar uma maçã podre, não tire-a do barril...vá tirar da árvore". Concordo perfeitamente com isso, e você? Também acha que os mais honestos são aqueles que ainda não foram expostos à corrupção?

Espero que vocês também tenham um lado Intocável - destemido e honesto como o policial paladino - e um mafioso - audacioso e fiel como os seguidores de Al Capone.

sexta-feira, 7 de março de 2008

TOC, TOC...


-Você se vê obrigado a lavar as mãos compulsivamente?

-Não pisa em rejuntes de calçadas e não sabe explicar por quê?

-Checa eletrodomésticos e torneiras várias vezes para ter certeza se estão desligados?

Se uma dessas ações ou qualquer outra lhe faz agir sem sentido ou de forma inapropriada, trazendo pensamentos desagradáveis, intrusivos, repetitivos e impulsivos, você provavelmente está entre os milhões de brasileiro com Transtorno Obsessivo-Compulsivo, ou TOC, doença que atinge cerca de 2% da população mundial.

No filme vencedor do Oscar de melhor ator e atriz em 1997, Melhor É Impossível, seu personagem principal, Melvin Udall (Jack Nicholson) é um escritor que sofre de TOC, cercando sua vida de uma rotina repleta de manias, mas ao reconhecer que a doença só o prejudica ele reúne forças e luta contra ela ao lado da sua garçonete preferida e futura mulher, Carol Connelly (Helen Hunt). O filme conquista a todos por ser ao mesmo tempo cômico e insuportável, leve e completo.

Quem também não se lembra do detetive Adrian Monk (Tony Shalhoub), quando o tema é o transtorno obsessivo-compulsivo? Ele perdeu o cargo na polícia graças às suas manias e ficou isolado dentro de sua casa por três anos até que a enfermeira Sharona Fleming (Bitty Schram) se torna sua assistente e o faz ser consultor da polícia, onde Monk usa de doença para solucionar mistérios de maneiras surpreendentes.

O TOC ocorre geralmente entre adolescentes do sexo masculino e mulheres entre 30 e 35 anos e seu diagnóstico pode ser confirmado (não obrigatoriamente) por técnicas de imagem, sendo essa a primeira doença psiquiátrica detectável por técnica de imagem. O tratamento geralmente é feito à base de bloqueadores da recaptação de serotonina em conjunto com terapia. Em casos específicos é necessário o uso de outros tratamentos, como cirurgias.

Existem casos de TOC que chamam a atenção pelas suas peculiaridades:

-Um engenheiro elétrico, K.R., assinava oito revistas técnicas e nunca as lia, ocupando durante alguns anos três cômodos da sua casa, depois de brigar com sua esposa ele resolveu procurar ajuda e disse que o motivo de guardá-las era o medo de que algum avanço fosse descoberto e ele não soubesse e também temia perder sua carreira de sucesso caso não cumprisse certas exigências.

-Uma atriz famosa disse abertamente que certa vez passou mais de dez horas no chuveiro e em outra ocasião ficou sentada à beira da calçada por mais de um dia com medo de passar por baixo dos fios elétricos, até que alguém a viu e indicou tratamento.

O que preocupa é que quem sofre de TOC luta contra si por vários anos até procurar tratamento, sendo diagnosticado num estágio mais avançado da doença. Se você tem sintomas de TOC, procure logo um psiquiatra.